quarta-feira, 8 de abril de 2015

Ortografia para Concursos



Ortografia: Palavra formada por dois elementos gregos, o "orthos" que significa correta e "grafia", que significa escrita.
É a parte da gramática que se preocupa com o emprego certo das letras e palavras na escrita.


Nosso alfabeto é composto de 26 letras.

São elas:

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W, X, Y, Z.


Existe uma diferença entre língua falada e língua escrita.
Exemplo:
Língua Escrita                              Língua Falada     
Melhor                                            Mió
Pior                                                 Pió
Telhado                                          Teiado
Mesmo                                            Memo

Falar e escrever bem a língua portuguesa exige bastante estudo e cuidado.

Para poder escrever bem nossa língua portuguesa devemos recorrer a ortografia, seguindo suas orientações para podermos eliminar dúvidas e principalmente os erros.



O nosso sistema ortográfico vigente é o de 1943. Sofreu uma pequena reforma em 1971. Agora temos outra que já está valendo desde 1º de janeiro deste ano. Até 31 de dezembro de 2015, teremos uma fase de adaptação em que as duas grafias deverão ser aceitas: estreia/estréia; tranquilo/tranqüilo... Ver Cronologia das Reformas Ortográficas


Nosso sistema ortográfico tem as seguintes características:
  • Simplificado: Pois tem a redução de consoantes dobradas ou insonoras e foram abolidos os símbolos gregos., como por exemplo: ofício, ao invés de officio, farmácia, ao invés de pharmácia;
  • Científico:Baseia-se na etimologia e segue critério histórico. Exemplo: rs --- latin, ss --- português. A letra H inicial só existe por questões etimológicas. Mantemos o H para aquelas palavras que já apresentavam a letra H na sua origem.
  • Sistemático: tem o uso dos acentos gráficos.
Memória visual é fundamental para saber ortografia
Muitas vezes sabemos escrever as palavras de tanto que as enxergamos no dia a dia.



Então, memória visual é fundamental para sabermos ortografia. DICA: Leia mais!!! Ler é tudo de bom!!!


FONEMA

Fonemas não são letras. O fonema é o som da fala e a letra é o sinal gráfico da escrita.

O fonema é a realidade que nosso ouvido registra e a letra é o sinal empregado para representar na escrita o sistema sonoro de uma língua.

Podemos falar que temos sete vogais orais tônicas, mas apenas cinco sinais gráficos (letras).

Quando, por exemplo, queremos diferenciar um e tônico aberto de um e tônico fechado, sendo que os dois são fonemas distintos, mas refere-se a mesma letra, usamos sinais subsidiários, que são os acentos agudos (Ré) ou o acento circunflexo (Vê).

Existem letras que são escritas e não pronunciadas, como a letra H, em homem.

E também possui fonemas que se ouvem e que não estão escritos, exemplo: Cantavam ... maneira que chega em nossos ouvidos "cantavãw".


REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS FONEMAS

Ao pronunciarmos a palavra casa, por exemplo, cada som da fala é chamado de fonema. Neste caso temos, quatro fonemas c / a / s / a. A representação gráfica destes fonemas são chamados de letras ou grafemas. Neste caso, temos também quatro letras c...a...s...a...

Nem sempre a relação entre fonemas e letras serão exatas. Pode acontecer de uma palavras apresentar um número de fonemas e outro de letras. Exemplos:
Carro -  possui 5 letras e 4 fonemas (c/a/rr/o)
Chuva - possui 5 letras e 4 fonemas, já que o “ch” tem um único som. (ch/u/v/a)
Hipopótamo - possui 10 letras e 9 fonemas, já que o “h” não tem som. (i/p/o/p/ó/t/a/m/o)
Táxi - possui 4 letras e 5 fonemas, já que o “x” tem som de “ks”.(t/a/k/s/i)
Queijo - possui 6 letras e 5 fonemas, já que o “qu” tem um único som.(qu/e/i/j/o)

Há situações que duas letras representarão um único som, um único fonema e uma situação contrária também, onde uma letra poderá ter dois fonemas.

Um mesmo fonema pode ser representado por letras diferentes. Exemplos:

FONEMA / chê
Pode ser representado por x ou ch.
Caixa, chuva, chinelo

FONEMA / sê
Pode ser representado por cçs, ss, x, sc, xc.
Obedecer, poço, máximo, nascer.

FONEMA / zê
Pode ser representado por x, s, z
exigente, exemplo, casa, bazar

FONEMA / jê / antes de e ou i
Pode ser representado por j, g
berinjela, jiló, gigante

LETRA  S
Pode ser representado por // e //
sapato, casaco, presente

LETRA X
Pode ser representado por / ks / / chê / / / / /
tóxico, apaixonar, xadrez, próximo

CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS


1) VOGAL é o fonema produzido pelo ar que, expelido dos pulmões, faz vibrar as cordas vocais e não encontra nenhum obstáculo na sua passagem pelo aparelho fonador. Classificam-se em:

a) Orais: 
São as vogais pronunciadas completamente através da cavidade oral. Quando o ar sai apenas pela boca.
Exemplo:/a/, /e/, /i/, /o/, /u/.

b) Nasais
São as vogais pronunciadas em que uma parte do ar usado para a pronúncia escapa pela cavidade nasal. Quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais.
Exemplo:
/a/: fã
/e/: dente
/i/: lindo
/o/ bonde
/u/ nunca

c) Átonas: 
é uma vogal onde não existe qualquer acento da palavra. São pronunciadas com menor intensidade. Exemplo: até, bola

d)Tônicas: 
é a vogal onde se encontra o acento principal da palavra. São pronunciadas com maior intensidade.
Por Exemplo: até, bola

Quanto ao timbre, as vogais podem ser:
  • Abertas
  • Exemplos:
      pé, lata, pó

  • Fechadas
  • Exemplos:
      mês, luta, amor

  • Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das palavras.
  • Exemplos:
      dedo, ave, gente


2) SEMIVOGAIS: As semivogais são fonemas que não ocupam a posição de núcleo da sílaba, devendo, portanto, associar-se a uma vogal para formarem uma sílaba. Em português, somente os fonemas representados pelas letras "i" e "u" em ditongos e tritongos são considerados semi-vogais. Um ditongo é sempre formado por uma vogal mais uma Semivogal. Quando a semivogal vem antes da vogal, o ditongo é dito "crescente" (como em "jaguar"). Quando a semivogal vem depois, o ditongo é dito "decrescente" (como em "demais"). Nos ditongos "ui" e "iu", uma das letras é sempre considerada vogal e a outra é semivogal. No caso dos tritongos, todos eles são formados por uma vogal intercalada entre duas semivogais.

Obs.: os fonemas /i/ e /u/ podem aparecer representados na escrita por" e", "o" ou "m".

Veja:
pães - pãis 

mão - mãu
cem - cei

3) CONSOANTES Consoantes são fonemas assilábicos que se produzem após ultrapassar um obstáculo que se opõe à corrente de ar no aparelho fonador. Estes obstáculos incluem os lábios, os dentes, a língua, o palato, o véu palatino e a úvula. As consoantes são verdadeiros "ruídos", incapazes de atuar como núcleos silábicos. Seu nome provém justamente desse fato, pois, em português, sempre consoam ("soam com") as vogais.

NOTAÇÕES LÉXICAS


Notações léxicas são os sinais gráficos que precisamos usar para representar alguns sons da fala, os fonemas. Muita vezes, as letras não são suficientes para representar os fonemas, havendo então a necessidade de recorrer a estes sinais gráficos denominado notações léxicas.

São notações léxicas oficiais da língua portuguesa:
  • Acento agudo (´) – indica um som aberto das vogais e indica também a tonicidade da sílaba em que essa estiver (Sempre!).
     Exemplo: máximo, sílaba, médico, açúcar.
   Café = /é/ vogal anterior tônica aberta oral; /fé/ sílaba tônica.

  • Acento circunflexo (^) – indica o som fechado das vogais e também para indicar SEMPRE a tonicidade da sílaba em que essa estiver.
      Exemplo: trânsito, você, robô.
     tônica = /ô/ vogal posterior tônica fechada nasal; /tô/ sílaba tônica.

  • Acento grave (`) – o acento grave, na língua portuguesa, claro, vem sobre a vogal a. Indica a fusão de dois as (a + a), chamada crase.
    Exemplo: Vou à feira.
                      Assisti àquele filme.

A pronúncia nos casos de crase nunca muda: a vogal a será sempre uma vogal anterior aberta oral.

ATENÇÃO: Não confunda a direção do acento: para sua esquerda ACENTO GRAVE, para sua direita ACENTO AGUDO

  • Til (~) – Vem apenas sobre as vogais a e o; indicando que essas vogais devem ser pronunciadas com uma ressonância nas fossas nasais; são nasalizadas.
      Exemplo: pão= ã vogal posterior tônica NASAL 

Observação.: a sílaba que tiver uma vogal o ou a nasalizada sob um til sempre será a tônica.
     Novos Exemplos: coração - notação - caminhão

Exceções:

1- Quando houver outro acento na palavra (´) (^), anulam a possível tonicidade do til:
ímã – órfão.

2- Quando a palavra que tiver a sílaba nasalizada  aparecer num grau alterado:
coraçãozinho - caminhãozinho

  • Trema (¨) - Com a nova ortografia este sinal foi abolido da língua portuguesa. O trema aparece somente em nomes próprios da língua estrangeira e seus derivados.
      Exemplo: Müller, Mülleriano

  • Cedilha (͵) – é usado na letra c (ç), antes do a, o e u e tem som de s.
      Exemplo: cabeça, poço, dança

  • Apóstrofo (') – é usado para indicar que uma letra foi retirada.
      Exemplo: copo d'águamãe-d’água, pau-d’arco, galinha-d’angola

HÍFEN

O hífen também é uma notação léxica, porém merece um cuidado maior na hora de uma explicação. Já que existem várias regras para uso dele.

No Acordo Ortográfico, o hífen foi o que mais sofreu alterações.

Empregamos o hífen em palavras compostas( guarda-chuva), na união do verbo a um pronome(amo-te), na separação de sílabas(car-ro) e na separação final de linha.


Antes de iniciarmos as regras para uso do hífen, vamos desvendar o que é falso prefixo .


Com o novo acordo ortográfico é comum ouvirmos sobre o falso prefixo. Ele está nas regras das mudanças ortográficas e nas explicações dadas sobre as mesmas.

Mas o que afinal é um “falso prefixo”?

O prefixo possui um significado, contudo, isolado, não tem função nenhuma, somente em associação com uma palavra. O prefixo é um elemento que se afixa, que se junta a um vocábulo para que juntos tenham um significado.

prefixo possui um significado, contudo, isolado, não tem função nenhuma, somente em associação com uma palavra. 


Os falsos prefixos tem sentido completo. Possui por si só seu próprio significado. Podem até se associar com uma palavra, mas não perdem este significado. 



REGRAS PARA USO DO HÍFEN


1) Prefixos e falsos prefixos terminados em vogais
Emprega-se o hífen nos compostos em que o prefixo termina com vogal e o segundo elemento começa por vogal igual ou h.
Exemplo: anti-inflamatório, micro-ondas, micro-ônibus.

2) Prefixos e falsos prefixos terminados em vogal e o segundo elemento começa com vogal diferente
Neste caso não se emprega o hífen.
Exemplo: extraescolar, autoajuda, semiaberto.


Resumindo: Letras IGUAIS, SEPARA. 
                    Letras DIFERENTES, JUNTA.

3) Prefixos e falsos prefixos terminados em vogal e o segundo elemento em S ou R

Neste caso não se emprega o hífen e dobra as consoantes r ou s.
Exemplo: autorretrato, antissocial, contrarregra, ultrassom, antirrugas.

4) Prefixos terminado em b
Empregas-e o hífen quando o seguindo elemento inicia-se por b, h, ou r.
Exemplo: sub-bloco, sub-reação, ab-reação

O hífen não deve ser usado nos outros casos: obstar, subalterno.

5) Prefixo co (m)
De acordo com o Novo Acordo Ortográfico determina que esse prefixo deve ser separado por hífen quando o o segundo elemento inicia-se por h. Caso contrário une-se por justaposição.
Exemplo: coprodução, coedição, coautor, corresponsável. 

6) Prefixos terminados em r
Em compostos que os prefixos super, hiper, inter aparecem combinados com segundo elemento iniciado por r ou h permanece o hífen.
Exemplo: super-resistente, hiper-realista, super-homem, super-herói.

Nos demais casos, o hífen não deve ser usado.
Exemplo: internacional, supercílio, hipersensível.

7) Prefixo ad
Emprega-se o hífen quando o segundo elemento inicia-se por d, h, r.
Exemplo:ad-digital, ad-renal, ad-rogar

Nos demais casos, o hífen não será usado.
Exemplo: adjacente, adjunto, adjudicação

8) Prefixo circum e pan
Emprega-se o hífen quando o segundo elemento comece por vogal, m, n.
Exemplo:  pan-americano, circum-ambiente, circum-murado, circum-navegação.

Nos demais casos não se aplica o hífen.
Exemplo: circunvizinhança, circunferência.

9) Prefixo mal
Emprega-se o hífen quando o segundo elemento começa por vogal, l ou h.
Exemplo: mal-estar, mal-limpo, mal-humorado

Nos demais casos, não deve ser empregado o hífen.
Exemplo: malcriado, maldizer, malparado.

10) Prefixo bem
O hífen desaparece nas palavras citadas no Acordo Ortográfico e suas correlatas.

Exemplo: benfeito, benfazer, benquerer.

Mas em compostos formados com o prefixo bem, quando o segundo elemento começa por vogal ou h, ou então quando começa por consoante, mas está em perfeita evidência de sentido.
Exemplo:  bem-aventurado, bem-aventurança, bem-humorado; bem-criado, bem-fadado, bem-fazente, bem-fazer, bem-querente, bem-querer, bem-vindo;

11) Prefixo re
Permanece a aglutinação.
Exemplo: reabastecer, reescrever, reorganizar

12) Compostos que perderam a noção de composição
Não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição.Exemplo: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, paraquedismo.


O uso do hífen permanece em palavras compostas que não possuem um elemento de ligação, mantendo um acento próprio.

Exemplo: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, guarda-chuva, segunda-feira, couve-flor,  arco-íris, boa-fé, mesa-redonda,  joão-ninguém, porta-malas, porta-bandeira, pão-duro, bate-boca.
E também  como aquelas que representam espécies botânicas e zoológicas



Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. 
Exemplos: bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-paraíso, mico-leão-dourado, andorinha-da-serra, lebre-da-patagônia, erva-doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino, peroba-do-campo, cravo-da-índia.


Observação: não se usa o hífen, quando os compostos que designam espécies botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido original. Atenção na diferença de sentido entre eles:
a) bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental) - bico de papagaio(deformação nas vértebras).
b) olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de boi (espécie de selo postal).Uso do hífen com prefixos

13) Uso de hífen permanece

  • Nos compostos com os prefixos ex, vice, soto. Exemplo: ex-marido, vice-presidente, soto-pôr
  • Nos compostos com os prefixos tônicos acentuados pré, pró, pós. Quando o segundo elemento tem vida própria. Exemplo: pré-molar, pós-eleitoral.
  • Por compostos terminados por sufixos, açu, guaçu e mirim. Quando o primeiro elemento acaba com vogal acentuada. Exemplo: jacaré-açu, amoré-guaçu, paraná-mirim.
  • nos compostos com elementos além, aquém, recém e sem. Exemplo: recém-nascido, sem-teto.
  • Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de topônimos (nomes próprios de lugares), com ou sem elementos de ligação. 
Exemplos: 
Belo Horizonte - belo-horizontino

Porto Alegre - porto-alegrense

Mato Grosso do Sul - mato-grossense-do-sul

Rio Grande do Norte - rio-grandense-do-norte

África do Sul - sul-africano


14) Não se emprega hí
fen nas locuções de qualquer tipo. 

Não se usa o hífen em compostos que apresentam elementos de ligação. Exemplos: pé de moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e vírgula, camisa de força, cara de pau, olho de sogra,cão de guarda, café com leite.


Com exceção de algumas locuções já consagradas pelo uso. Exemplo: água-de-colônia, cor-de-rosa, pé-de-meia, queima-roupa.


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